quinta-feira, 29 de abril de 2010

- limitações da maneira com que.


Lembro-me como se fosse ontem... Caíra em seus braços como uma folha cai de uma árvore, desejando te sentir. Mesmo com medo me entreguei ao amor sólido e árdido, perdendo-me em seus beijos. Como esses, nenhum outro há. Transfere paixão, memórias, atração, calor... sedução. Houvera danos incorrigíveis, nos quais precisaria deles todo e a qualquer dia. Em alguma circunstância me adaptei a ficar sem eles... apenas esperei-os. A responsabilidade de te fazer feliz não foi maior do que vim a sentir. Acidentalmente me perdi em você e, sem querer procurar uma saída, ali fiquei. O universo cessante dos seus lábios tornou-se, para mim, vida, esperança, sonhos. E não havia maneira qualitativa de sentir algo por algum outro lábio, pois me envenenei nos seus e morro por não tê-los. Mas o abuso de beijos quentes limitaram-se na medida em que o amor foi se vairando. Compaixão, dúvida, medo sinto dos seus lábios agora e limitam-se em “ser o jeito que me beija agora”. Tudo aos poucos está se acabando, não sei porque e nem sei dizer o sentido. Esperança se tornou uma dificuldade. Crença se desvirtuou em sonhos novamente. E amor... está perdido num espaço negro, onde sinto batidas que às vezes se dificultam, apenas precisando ser resgatado, com medo de ser, a qualquer momento, seu último suspiro.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

- ciclo de incertezas.


A face oculta do medo transparece num ciclo de incertezas, geradas pelos critérios da incapacidade de tomar atitudes, com medo de se arrepender delas ou não ser aquilo que sempre sonhou, gerado pelo forte ego, onde ele domina seu eu, impedindo que seja, muitas das vezes feliz, apenas para se satisfazer e transparecer que é forte por fora, mas por dentro sente um terrível medo, gerado pela maneira que interpreta o amor, com tristezas, lágrimas, infelicidades e traições, muita das vezes pensadas sem motivo nenhum, gerado pela não confiança, resultante não do amor que sentira, mas da não certeza, gerada, ora por pessoas em sua volta, ora por enfraquecimentos do sentimento, ora por persistências, geradas pela certeza de que um relacionamento pode dar certo, por mais complicado e frio que ele esteja, gerado pelo medo de amar e medo de se entregar, gerado pela desconfiança de que a pessoa não seja forte o suficiente para torná-la feliz, gerado por experiências passadas, que valor não significava nada, além do sonhar com o amor perfeito, e por não ser retribuído, esse amor se acaba para sempre dentro de um ser que pode tentar amar de novo, mas não se permite com medo de ser feliz...

terça-feira, 20 de abril de 2010

- aparências da solidão


Pesadelos atraem circunstâncias aparentes ao deserto, que onde quer que olhamos, não há nada mais além do vazio nobre do silêncio eterno. E em sua madrugada o frio perambula solitário, procurando alguma alma quente e perdida para nela entrar e dominar, resfriando seu corpo, seus pensamentos, sua integridade, sua compaixão, seus critérios, mas nunca seu coração. O desespero afaga suas ideias, transformando-as em melancolias de incertezas. E em sua metamorfose nunca houvera fortes mudanças; apenas àquelas que se permitiu ou por algum descuido passou por despercebido. Juras eternas simplesmente funcionam como o relógio, que ele se mostra, mas nunca sabemos ao certo. Convicções ferrenhas se desmontam em pedaços, pairando pelo ar como o oxigênio que necessitamos para respirar, no qual circula dentro de nós e se torna vida. Injustiças calamitosas do coração... bater por um único propósito... o propósito de nem sabermos se é ele o responsável por nos dar a vida ou nossas esperanças que nos mantém. Sua imagem se desconfigura no escuro, guiando meu caminho com uma luz, ora muito forte, ora enfraquecida. E é engraçado quando ouço sua voz, pois ela penetra em mim e ainda me faz enlouquecer...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

- além da razão.


Por um segundo o ar transformou-se em poeira, então eu o perdi. O mundo transtornado de sentimentos inválidos nunca mais serão os mesmos. Palavras me fogem da memória, saem pelos meus lábios em um tom emudecido e se transformam em silêncio projetado. Coração em carne viva envolto de sentimentos prévios, muitas das vezes sem saber ao certo. Minha mente tritura capacidades inóquoas, antes tentadas, mas sem êxito. Momentos em que o segundo soa incapacitado de demonstrar seu encanto. Experiências minuciosas a formarem-se elegantemente sopros em uma vela. Antes sim... deveras o tempo cogitar; Oh dono das coisas. O Sol empalideceu-se pela sutileza da Lua vindo em sua direção; e eles nunca se encontrarão. Pensamentos fluem para que os dedos e os demais possam agir sem permissão, na inutilidade insana de descobertas oferecidas. Enviar-lhe razões para que seus sentimentos afluam no obscuro “talvez”, não seria o mesmo que menosprezar o tempo para que em menos de três minutos se sentisse dono de uma estrela cadente, que por onde passa deixa seu brilho insensato, que vai se apagando no cair da noite... mas que, em suma, esteve ali. O penhasco é irracionalmente uma escolha, que decidirá se atirar, se afundar, se aprofundar, se deixar levar ou somente pular ou construir seu destino. Tudo muda... a sutileza das estrelas mudam, o calor do Sol muda, o frio da noite muda, o amanhã muda, as palavras mudam, os sentimentos talvez e suas escolhas, mas não os sonhos, vontades e esperanças, pois se mudassem os sonhos não eram intensos, as vontades incertas e a esperança não seria esperança. Nada como o nada e nada mais. E se de tudo o que eu escrevi até aqui não fez sentido algum... é porque meus pensamentos estão perambulando ao redor de alguma pessoa e não a culpo, e nem me culpo, nem meus pensamentos, nem meus dedos...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

- basta confiar.

E como depois de toda tempestade, vem o Sol para que possa iluminar a vida e aquecer aqueles que nele acreditam ou não. A solidão é uma imagem transtornada da saudade, pois se temos quem amamos perto ou longe, nunca estamos sozinhos. Haverá dias de choros tristes, que se tornarão alegres. Haverá dias em que a alegria vai ser tanta, que choraremos de tristeza. Haverá dias em que verás o pôr do Sol dezessete vezes no mesmo dia. Haverá dias em que não verás o amanhecer, da noite escura e estrelada. Haverá dias em que na multidão se sentirás só. Haverá dias em que sozinho se sentirás acompanhado. Dias em que tentarás falar, mas nada sairá. Haverá dias em que nem precisarás falar. Haverá dias em que precisarás lutar pelo que é seu. Haverá dias em que nem precisarás mais lutar, por aquilo te pertencer. Cada coisa ao seu tempo. Nada de adiantá-las ou atrasá-las. Apenas aprender a esperar e ter paciência, porque tudo que se vai, se realmente for nosso, nunca irá para sempre ou por completo... apenas momentaneamente.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

- eu sei.


Eu sei muito bem como sussurar. E sei exatamente como chorar. Sei bem onde encontrar as respostas. E sei muito bem como mentir. Eu sei bem como fingir. E sei como fazer meus esquemas. Eu sei a hora de encarar a verdade. E sei muito bem quando sonhar. E sei exatamente onde te tocar. E sei o que provar. Sei quando devo puxar você para perto de mim. E sei quando deixar você sozinha. E eu sei que a noite está acabando. E eu sei que o tempo vai voar. E eu jamais te direi. Tudo que tenho para te dizer. Mas eu sei que tenho que tentar. E eu conheço a estrada da riqueza. E conheço os caminhos da dor. Eu conheço todas as regras. E também sei como quebrá-las. E eu sempre sei o nome do jogo. Mas eu não sei como te deixar.

Eu posso fazer você correr e tropeçar. Posso decidir o tempo final. Eu posso resolver qualquer coisa. Apenas com o som de um assobio. Eu consigo fazer todos os estádios vibrarem. Posso fazer uma noite durar para sempre. Ou posso fazê-la desaparecer ao amanhecer. Eu posso fazer todas as promessas. Que já foram feitas. E posso fazer desaparecer todos seus temores. Mas nunca vou conseguir sem você...

Air Supply – Making Love Out Of Nothing At All

sábado, 10 de abril de 2010

- no silêncio do meu quarto


E no frio da noite, no cair da madrugada, perambulam pelo meu quarto a solidão e o vazio. E o vento da saudade insiste em me esfriar. Mesmo com cobertas sobre cobertas, não há nada que me aqueça que seu calor. Então terei de passar novamente frio esta noite, pois sei que você não vem. Pensamentos voltados para você, congelado por fora, suando por dentro. E ouço passos, na esperança de ser você chego mais para o lado da cama e deita ao meu lado a sua ausência, tirando o pouco de sono que estava acumulando. Perdido sem você imagino como seria ter-te num todo... E agora ouço as batidas de seu coração como um tambor sem som. A tristeza toma conta do meu ser e não tendo maneira de mandá-la embora, peço para que ela faça-me companhia. Queria que estivesse aqui, pois você que me conhece e saberia me dizer como sinto por dentro. Só quero pertencer a você, não me fazendo de objeto, mas me fazendo de necessitado do seu amor, pois ele que me alimenta e me deixa satisfeito o suficiente para seguir o dia em frente. O Sol está nascendo e ainda sinto frio. Viro-me na cama na tentativa de dormir algumas horas restantes mas a loucura de não ter-te me abraçou tão forte, que perdi as forças para levantar e permaneço deitado. O Sol se esconde atrás de uma nuvem enegrecida e a chuva toma conta do dia. Sinto mais ainda sua falta... Queria gritar para poder vir me aquecer, mas não ouvirá. Passo o dia te esperando, ouvindo passos que não são seus e a noite... ingrata noite volta para me congelar e sentir novamente a solidão e o vazio.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

- mais que uma sintonia


Como se não bastasse um único dia juntos para que dois corpos se sentissem por completo, em que logo, quando se está longe se resulta na sobrevivência e não na vivencia... E quando meros afetos se acumulam dentro de um coração isolado é como se um vulcão estivesse a explodir, mas se mantém para que os que em sua volta moram, não os queimem. E mesmo que isso tudo supere as expectativas, mesmo não sendo a melhor maneira, fique comigo. Claro, controle é uma coisa que ninguém tem poder, não por completo, mas fique comigo. Provar e comprovar que será melhor não posso e nem devo; mas sinto. Esperar é o que melhor sei fazer. Proibido fui de viver minha vida planejando um futuro promissor ao seu lado. Eu os faço sem querer às vezes... Mas não me culpo, pois são desejos e eu não os controlo. E basta eu fechar meus olhos que outros dois olhos eu vejo, como o brilho de uma estrela sobreposta ao mar gélido. Sinto e sei sentir. Sente, pois me mostrou que sabe sentir. Aprendi a ouvir sua essência calorosa... Sim, ouvir! Também que, não preciso estar perto para sentir-te. Basta fechar meus olhos, segurar minha mão e sentir as suas ao invés da minha. Não tem o mesmo calor, nem a maciez e nem a censura do mesmo desejo, mas é o tenho para me manter. Um momento mágico não é preciso... Um dia foi, mas agora não mais, porque demonstrou que, mesmo que sejam por breves momentos, tudo se supera quando está comigo. Não preciso, mas tenho necessidade que saiba que a todo o momento te amo mais e preciso dizer; não para provar, não para saber, mas para que meu coração possa se sentir satisfeito de saber que sei amar e que, deveras as dificuldades, ele não ama menos. Infeliz destino que ainda faz com que não acorde ao teu lado, desfrutando de seus olhos entreabertos, dos seus sorrisos e de sua respiração suave como uma brisa sombria de certezas e incertezas. E, no momento te descrevo assim... Sentimentos, complicados. Sorrisos, falsos alegres. Alma, confusa. Amor, sedução oculta. Carinho, mais do que precisa ter...

domingo, 4 de abril de 2010

- meu universo conspira você


E quando o frio da solidão cobrir-te o corpo lembre-se que a ternura da minha presença prevalece em um universo de inspirações, onde os planetas são minhas esperanças, as pessoas que neles vivem são minhas saudades, que a cada dia nasce alguma e morre alguma e as estrelas são meus sentimentos de amor por você, nas quais brilham intensamente e são infinitas, e mesmo que as nuvens da solidão cubram-as, elas ainda permanecem ali vivendo, amando e sorrindo.