sábado, 30 de abril de 2011

- PS.


[...] É... houve uma pausa entre nós; nos perdemos. É tão estranho ter a sensação de abandono de uma coisa que era sua. Como pode isso acontecer? Estava tudo tão perfeito. Não imagino até hoje. O último dia que te vi, tu disse que não daria mais, terminando tudo. Mas eu nunca desconfiei do teu amor, mas magoou-me e entristeceu-me. Meu coração putrefez-se e não bate mais (até hoje). Talvez tu se arrependeu e queria voltar atrás, mas não posso falar por ti. Tu tinhas concertado meu coração, dando o poder de amar a ti e começou a paixão. Mas nem um mês, depois de tudo que aconteceu, fechaste a porta pra mim, excluiu-me de tudo na sua vida e partiu; ferindo-me. Eu fecho a porta do meu quarto, sento num canto, abraço meus joelhos e sinto como uma criança, fazendo força para acreditar que nada disso é real, mas perdi minha capacidade. Sempre disse que estaria do meu lado quando eu quisesse e que era somente eu pedir um abraço que lá tu estarias. E quando eu precisei? E quando eu gritei? Não soube te achar e nem se poderia te procurar; sofri minhas dores calado mais uma vez. Esperei tu me ligar ou me avisar, dizendo, não apenas que ainda me ama, mas que precisaria de mim, que queria um abraço, ou apenas um caloroso aperto de mão; me enganei em esperar. Apenas deixou em seu status “nosso amor vai deixar saudades”. Não acredito, não me conformo, não aceito em ter que ficar aqui sem ti. Tu se foi e levaste tudo contigo. Suas mensagens me deixavam sem chão; infames. Mas o “um” repartiu-se em “dois” e disseste que não era nada; mas mentiu. Denotas que estás bem agora e nem se lembra de meu nome; talvez.

“Mas eu ainda mergulharia e pegaria meu coração no fundo do mar para dar-te novamente, somente a ti.”

sexta-feira, 29 de abril de 2011

- profanando.


Óh, raios azuis-transparentes que ultrapassam meu corpo como uma flecha sem direção, crave sua ponta de lâmina afiada brilhante ao lado de meu coração, na veia que passa um líquido invisível e percorre todo meu corpo em pequenos instantes, formando um buraco que nunca cicatrize para que, ao formar mais desse líquido ele possa escorrer por todo meu corpo até chegar ao chão e ali evaporar. Faça ainda com que ao se desfazer no ar crie uma camada protetora contra corações que possam habitar qualquer pedaço de mim, para que eu não os magoe, deixando apenas o ar que eu respiro entrar. E que destrua o segundo coração que mora dentro de mim; no caso de nem suas lâminas conseguirem o destruir, faça que com ele continue crescendo, sendo alimentado pela vontade, sorriso, alegria e tons vermelho-vibrantes.

“Embora que o Sol não brilha da mesma forma, sempre verei um dia mais brilhante. Deus, sei que quando eu deito para dormir, você sempre ouvirá enquanto eu rezo.”

terça-feira, 26 de abril de 2011

- still.


E hoje a saudade bateu extremamente forte, sabe?! Precisei ver nossas fotos e relembrar o quão eu era feliz. Por você, com você. A vida era mais fácil; sabia o que era amar e ser amado. E nem que um furacão pegasse-me, não me atingiria, pois eu sabia que você estava aqui; nem sempre, mas comigo. O que mais me cativava? Seu sorriso! Único, sincero, dificultoso, preso. Eu sorria apenas por ver seu sorriso inebriante. Mesmo assim, com todas as dificuldades a vida não acabou e nem acabará. Quero seu sorriso de volta! Entretanto, hoje tens a quem amar e sentir-se amado; tem a quem sorrir e a quem cativar. Tem a quem ficar acordado a noite inteira, somente para ouvir sua respiração e suas batidas. Tem a quem segurar a mão, apenas para lembrar que está ali. Tem a quem abraçar e passar o resto da noite abraçado, dormindo e sonhando tranqüilo, de, saber que ao acordar estará lá, sempre!

“E parte da minha felicidade ainda pertence a, somente, você; não se preocupe”

quinta-feira, 21 de abril de 2011

- impedindo as batidas.


Te odeio
E gostaria que soubesse,
Nada mais sinto
Além de que ainda te gostasse.

Eu busquei algo para libertar-me de ti
E procurei uma forma irreal,
E de nada adiantou
Para livrar-me de todo esse mal.

Construí um muro
Mas foi inútil,
Agora lembro-me de ti
E sinto-me um fútil.

O meu tornou-se realidade
O seu não,
Agora o sonho continua sendo um sonho
Sendo nada mais que uma ilusão.

E tudo que eu tenho
Não vale você,
Mesmo longe continua aqui
Eu, entregue, não tentando mais vencer.

"E continuarei aqui até a luz do Sol resolver não mais brilhar; se apagar."

sábado, 16 de abril de 2011

- fazem 7920 horas.


O riso se sobrepôs as lágrimas
E fê-la morrer,
Contudo a saudade vive
Fazendo a mim pertencer.

Antes sua presença
Com isso a pena,
Depois a culpa
Agora o esquecimento condena.

Meu passado só eu conheço
E guardei a dor pra mim mesmo.
Agora sigo em frente
Mesmo que seja a esmo.

E eu não fui tudo aquilo que você sonhou
Longe ou perto, lembrando ou esquecendo,
Perante aos fatos, agora está
Em outro caminho, apenas por você, feliz a mim também fazendo.

Mas agora não me faz diferença
Esperar ou não esperar,
Não continuarei contando as horas
Se o segundo que eu quero não chegar.

“E por querer somente seu bem, aqui ainda estou e permaneço!”

- difícil reencontro.


Doce como o estupro
Em sua veia penetrou,
Correu seu corpo, sem medo,
E em seus pensamentos entrou.

Ainda tenho tudo de você
Seu cheiro, seu beijo, seu gosto,
A Lua me enganou com seu brilho
Fazendo-me pensar que era seu rosto.

Eu quero sua companhia
Seu toque, seu abraço apertado,
Porque sua presença eu sempre tive
Vendo ou não, te sentindo do meu lado.

Você insiste que há um caminho melhor
Confundindo meus pensamentos,
Mas meu caminho é com você
Fazendo, como sempre fez, de minhas noites, um tormento.

Te admiro, te quero
Fechando meus olhos, te beijo.
Nem a brisa, nem o frio lá fora
Poderá apagar meu infinito desejo.

“O Sol se pôs e eu estive com você, até a Lua aparecer, abraçados...”

domingo, 10 de abril de 2011

- opera minuciosa.


Ó, doce desencontro que vens
Escolhe a alma, a quem tormentas,
Suga suas forças e seu brilho
Depois, o abrangente calor a quem comentas.

Absorve o regresso e o cintilante
A abelha e o mel,
Cobre a cabeça com o pano
E por cima um pedaço de fel.

Mentes a felicidade
Ilude com o amor
Mata com a sinceridade
E com tiros a dor.

Sobrevoa a névoa
E trás o inverno,
E em um de seus corações
Faz-se moradia do inferno.

Delongas sua respiração
Trava-lhe o ar,
E como a sanguessuga
Bebe seu sangue a chupar.

Em seus olhos prega uma foto
Aquela que pretendes esquecer,
E sempre que fechas seus olhos
Insiste seu rosto em aparecer.

E em seu leito
Juras ali proceder,
Mas quando sai de seu corpo
Suas asas não o fazem esquecer.

"Fugindo de mim mesmo pra tentar esquecer."