sexta-feira, 15 de julho de 2016

- aroma doloroso.

Como eu queria... Como eu queria que vocês pudessem ver o que está dentro de mim. Ver além do que os olhos dizem e saber que não sou bonito por dentro... Estou podre, amarrotado, mofo, estraçalhado... Há apenas ossos em decomposição esperando para serem enterrados em algum cemitério de indigentes, cheio de lama e água suja. Meu sangue foi drenado pelas sanguessugas do destino que foram grudando em mim ao passar do tempo e eu nem reparei; sugaram até minha alma. Meus pensamentos estão enfraquecidos de tantos sonhos destruídos; eles me perseguem. Já não tenho metas e nem objetivos e a perspectiva e a esperança estão do meu lado... mortas de desnutrição; não mais as alimentei. Não percam mais tempo me procurando ou tentando me consertar, vocês nunca vão me achar; mas eu não sou invisível e não vou ser esquecido.
"Quero apenas deitar e desfrutar da penitência eterna que me espera."

sábado, 9 de julho de 2016

- bem aquecidas.

A noite estava escura. Não havia se quer uma nuvem e nenhuma estrela para contar histórias de dormir. Apenas uma leve brisa e blusas envoltas nos braços ali presente. Lembro como se fosse agora... algo me fazia olhar para você e algo fazia você olhar para mim. Nos encontrávamos em vários olhares; amo me perder em você. E de todo esse êxtase na contramão, volta e meia você me aquecia. Suas mãos passavam às minhas, e nesses momentos você conquistava cada vez mais um pedaço do meu coração. Elas eram quentes, tenras, suaves, macias, e elas passeavam nas minhas. Ah... Como eu queria esquecer minhas mãos nas suas por mais tempo...
"Por muito mais tempo."