segunda-feira, 20 de novembro de 2017

- hoje não.

Só me resta uma chance e não sei se vou consegui-la. Mas eu sei que o amor ainda está aí, em algum lugar.
"E ele só vai prevalecer se você dispuser a vê-lo."

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

- preciso.

Meus olhos estão tristes e cansados! Eu não posso caminhar assim.Queria poder me levantar como o nascer do sol, do mesmo jeito que eu o vi hoje, deitado em meu quintal a madrugada toda; estava frio, mas eu nem senti. Eu chorei e vou chorar. Não está certo. Nada mais está certo. Eu nem consigo me controlar para te mostrar o quanto estou te esperando e sei que isso não me ajuda, mas eu não consigo outra reação. E vou continuar enxugando minhas lágrimas, que de ontem para hoje eu contei umas mil, sei que mais mil me esperam... Pegue na minha mão. Fale que foi um mau entendido. Diga que me escolheu. Diga que me ama. Que não sabe viver em mim. Apesar da dor e da dúvida. Tudo está tão sem graça sem você.
"Vamos passar mais um milhão de anos juntos."

- sem ar.

O ar está rarefeito, o coração parando de bater e toda a água do meu corpo se esgotou saindo pelos meus olhos. Estar do outro lado realmente é difícil e achei que nunca mais sentiria isso de novo. Te olhar é uma tortura, te imaginar é uma punição e não te sentir é pior do que a "dor" no coração. Sempre julguei os extremos pelas loucuras de amor, mas hoje eu entendo o desespero de não conseguir nem fechar os olhos sem imaginar o quanto de falta alguém pode fazer na nossa vida. Só queria que alguém me acordasse desse pesadelo que não tem fim.
"E no meu minuto de sanidade eu te imagino aqui."

- só preciso.

Já escrevi tanto e postei tanto hoje que acho que quanto mais eu escrevo, mais eu tenho o que escrever. Queria me mostrar forte. Queria estar forte e mostrar que estou esperando com toda paciência e calma, mas eu não sei mentir, nem pra você, nem pra mim mesmo. Estou fraco, estou triste, estou perdido. Eu olho para os lados e não sei para onde vou. Meu rumo é você, meu sonho é com você, eu sei que vale a pena! Mas não basta eu achar sozinho, não basta eu escolher sozinho, não basta eu pensar sozinho. Quero você, como nunca quis! Quero estar do seu lado para sempre, onde nada nem ninguém poderá nos impedir. Quero te devolver meu coração, quero te devolver meu sorriso, quero que esteja presente em tudo, absolutamente. Nunca achei que fosse tudo isso pra mim. Nunca achei que fosse te querer desesperadamente, incessantemente.
"Não deixe meu erro nos matar."

- queria voltar.

Por quê? Por que eu fiz aquilo? Você estava sentado às luzes da cidade entregando tudo o que poderia entregar de você pra mim e eu simplesmente disso não. Por que eu fiz aquilo? Hoje me sinto um verme, um zero à esquerda, um lixo não reciclável. Por que eu perdi aquela oportunidade? Tentei fechar, hoje, várias vezes os olhos e forçar voltar ao tempo para mudar tudo. Lixo! Sou um lixo. Me arrependo. Muito! Mas agora não faz mais diferença. Já está feito. Ouvi um "próximo" do fim. Ouvi que foi uma boa história para um livro. Bem feito pra mim, sou um lixo!! Bem feito. Foi minha culpa. Só minha, toda minha. O que foi que eu fiz? Como vou viver sem seu sorriso? Sem sua preguiça de acordar cedo? Sem seu desejo compulsivo por doce? Sem seu cheiro; principalmente. Agora choro sangue escrevendo esse poema às duas horas da manhã, sem ninguém para me ver, socorrer ou ouvir. Sou um Lixo! Isso.. continue olhando a última hora que esteve online. Continue sem rumo, sem chão, sem ar, achando que vai desmaiar a qualquer momento.
"Irei me recolher e não fazer mais sujeiras perto de ninguém. Um lixo!"

- lágrimas.

Fui convidado para estar junto de você! Fiquei animado! Dancei, pulei, cantei até a garganta cansar. Escolhi a melhor roupa e você não reparou, escolhi os melhores sapatos e você nem os viu, usei meu melhor perfume e você nem sentiu...mas tudo bem, você poderia estar em um pequeno sintoma de distração. Mas mesmo assim fiquei animado, em êxtase! Meu coração voltou a palpitar. Colhi uma rosa de onde estava, bem escondido, para te presentear. Não fizemos nada demais e para mim foi como uma valsa dançante de olhos fechados sob a chuva. Mas tudo não passou de uma ilusão. Meu coração recebeu uma facada e depois uma flechada, rasgando todo e qualquer músculo existente. Você disse que não queria rosas. Não queria o chocolate que eu tinha escondido. Não queria minha atenção. Não queria minhas mensagens. Agora você dorme e descansa em paz, não pensando em nada, como um dia normal e eu estou com sua blusa a nove dias seguidos, sem coragem de lavá-la para não perder você dela, pois é o mais próximo que posso ter de você hoje e sei lá por quanto tempo mais, tendo uma longa madrugada pela frente. Não consigo e não posso deixar de expressar a falta que você faz. Só queria dormir do seu lado, segurando seu dedo. Fui muito idiota em escolher o que não estava no meu coração. Agora estou provando desse veneno que mata aos poucos e quem está dando é você. Os sintomas são insônia incessante, olhos pingando sem parar, perda de apetite e aperto no coração. Dói. Muito. Muito.
"Muito."

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

- náufragos.

Você se viu nadando em um mar de lágrimas, sem algum barco e ninguém para te ajudar. Todos te viraram as costas e conseguia não se afogar apenas com sua própria força; as dos seus braços. E o mar foi secando e você conseguiu firmar os pés no chão e esperou mais um pouco a água baixar. Já foi logo pegando seus tijolos e construindo um enorme muro para ninguém passar. Revestiu-o de concreto, madeira, aço, metal, e mais concreto e mais metal. Nada pode passar! E eu pedi apenas um buraco e não me foi concedido; eu mereci, mas realmente dói na prática. Agora estou sentado enchendo meu mar de lágrimas, sem algum barco para me ajudar, onde todos me viraram as costas, esperando apenas meu corpo ficar à deriva para me sustentar com as forças de meus braços. Mas daqui eu não saio! Não sairei da frente desse muro e o observarei com muita atenção. Cada detalhe, cada sinal, cada progresso... não ganhei um "sim", mas não ganhei um "não". Devo me apegar e buscar o "sim"? Ou deixo o "não" e pronto? Acho que está mais claro do que esse mar que acabou de encher, onde já me vejo nadando apenas com as forças de meus braços. Sim... me ignore, me faça sofrer cada momento que sofreu...Só vou encher mais meu merecido mar, mas muito bem concentrado e com paciência, procurando apenas um pequeno furo, do tamanho de uma agulha; é só o que eu preciso. Enquanto isso, a ausência me faz encher o mar ainda mais e me acompanha, esperando para ser destruída a qualquer momento. E quando passar o muro, não irei reconstruir o destruído...
"Vou jogar fora os pedaços quebrados e construir(emos) tudo novo."

- temporal.

Uma droga. A cabeça parece não saber administrar tanta informação. A tentativa de fuga em outros olhos não faz a mínima diferença. Nada aconteceu de nada. E mesmo se fosse, nada mudaria. Aquilo parece estar tatuado em algum lugar escondido, com aquela tinta que não sai do corpo; nem da alma. Queria acreditar que tudo mudou, mas minha crença se esgotou como um temporal seco e ensolarado. Ainda quero a melhor parte de você. Ainda quero aquelas promessas feitas. Ainda quero aqueles olhares para mim. Ainda quero o sorriso pra mim. Ainda quero você. Porém conjecturo que minha cicatriz da falta de acreditar naquelas palavras doces está aberta e dói. Alguém pode responder por mim? Alguém pode levar isso embora? Alguém pode trazer de volta pra mim? Alguém pode acabar com tudo isso? Alguém pode superar? Alguém pode me roubar? Alguém pode me ajudar? Alguém pode ler isso?
"É tão difícil pedir pouco?"

terça-feira, 7 de novembro de 2017

- bom dia, madrugada!

Olhei que as estrelas estavam sumindo com a claridade, a lua está de férias e o sol estava acordando, no horizonte, colorindo o céu de tons amarelados e alaranjados, apenas para bater seu cartão de ponto; ele nunca atrasa. Os pássaros já estavam em festas em suas árvores e seus ninhos e os carros estavam dispersos, em alta velocidade, perambulando de um lado para o outro. O vento soprava bem forte, num assovio e outro, e o frio estava bem presente. Meus olhos ainda estavam abertos. Eu lutava para eles fecharem e eles lutavam contra, olhando para o alto sem rumo, escuro, me perguntando coisas, tentando me convencer de outras; sem sentido.
"A madrugada de olhos fechados parece ser bem mais rápida."

- des/harmonia

Nada adiantou. Tudo continua a mesma coisa. O mesmo silêncio, o mesmo buraco, o mesmo vazio. Nada preenche, nada substitui, nada encaixa. Maldito, maldito! Fecho os olhos só para não olhar para o relógio, mas os segundos estão passando lentamente; mais do que o costume. Até o sono está desamparado e fraco de fome. O rosto está cabisbaixo, os olhos caídos, os pés arrastando e o sorriso enganoso está mostrando seu lugar de onde pertence. Algo está gelado e corroendo por dentro, e não parece certo, mas está. Apenas saia daqui, pois meus pensamentos e dentro dos meus olhos não é mais seu lugar.
"Maldito, dissimulado."

domingo, 5 de novembro de 2017

- devaneio.

Ainda havia aquele 1%... com certeza, bem em frente a uma estrada com dois caminhos. Estava pendendo para um deles, mas o outro ainda era uma opção, ERA, mas não havia escolhido-os. Todos eles foram destruídos e me sobrou somente ir em frente com espinhos pontiagudos; minha escolha, minha vida, em frente sem chorar. A página está virada e as letras estão embaçadas em minha mente, como uma neblina de incertezas, e elas vão permanecer lá, em um quarto empoeirado junto com músicas passadas, o som da chuva e o brilho das estrelas. Queria jogá-las no lixo, no devido lugar, mas não tenho controle disso. Vou apenas esperar as folhas dessa página ficarem amarelas, e podres. Não posso enterrar algo que já estava embaixo da terra. Agora o espelho da minha mente vai refletir a pior parte de mim e ninguém pode me impedir. A mira mudou de alvo e só me resta uma bala... eu decido o que faço com ela; e não será em mim.
"Não vou velar por algo que não conheço mais."