
Sentado sobre um pouco de grama, com as pernas dobradas, de pés nus dentro dum rio gélido, ora sentindo uma leve correnteza, ora de águas tranquilas; apoiando minhas mãos no chão, atrás, para eu poder ficar a vontade, sentindo a terra aquecida e pequenas plantas que ali resolveram morar. O som da cachoeira me faz sentir criança, com asas também, como se não estivesse realmente ali, mas lá, muito além; sentindo gotículas de água que batiam nas pedras e refletiam em meu rosto; maresia adocicada tocando meus lábios e unindo-se com o perfume das flores formando um único sentimento de paz. Pássaros brincando de voar, borboletas alimentando-se de pólen farto, sapos croachando em uma sintonia viril e peixes desafiando uns aos outros com o pulo mais alto. Eis é que temos tudo em nossa volta, coisas simples, intocáveis e esquecidas, coisas preciosas e às vezes nem percebemos seu verdadeiro valor, nem notamos...
“Quem pode dizer para onde vai à estrada, para onde o dia flui? Só o tempo...”
Nossa que lindo e mágico!
ResponderExcluirGostei bastante e com todos esses detalhes pude até imaginar cada sensação.
Parabéns pela postagem!