
Ó, doce desencontro que vens
Escolhe a alma, a quem tormentas,
Suga suas forças e seu brilho
Depois, o abrangente calor a quem comentas.
Absorve o regresso e o cintilante
A abelha e o mel,
Cobre a cabeça com o pano
E por cima um pedaço de fel.
Mentes a felicidade
Ilude com o amor
Mata com a sinceridade
E com tiros a dor.
Sobrevoa a névoa
E trás o inverno,
E em um de seus corações
Faz-se moradia do inferno.
Delongas sua respiração
Trava-lhe o ar,
E como a sanguessuga
Bebe seu sangue a chupar.
Em seus olhos prega uma foto
Aquela que pretendes esquecer,
E sempre que fechas seus olhos
Insiste seu rosto em aparecer.
E em seu leito
Juras ali proceder,
Mas quando sai de seu corpo
Suas asas não o fazem esquecer.
"Fugindo de mim mesmo pra tentar esquecer."
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