sábado, 4 de setembro de 2021

- um até logo.

Você era honesto, trabalhador, simples até demais, tímido, com pouca instrução e ouso a dizer rústico. Ia trabalhar quando o sol não havia saído, e voltava somente quando o sol estivesse escondido; sujo, cansado, orgulhoso e sempre com surpresas frescas na mochila, surrada de trabalho, que virava suco no fim da noite. Sinto em não ter dito o quanto te admirava por correr atrás para ter uma boa vida, por ter criado um filho incrível, hoje homem bem sucedido, por sempre ter esperança por algo melhor e por ter lutado a cada instante de sua respiração. Você deu o seu melhor, você ensinou o que sabia e isso basta. E eu tentei dar meu melhor, ajoelhado, com choros ensurdecedores por ti por duas semanas seguidas, sem ninguém saber; e eu faria de novo se tivesse chance. Hoje você não pode mais ler essas palavras, mas, se algum dia puder ler, quero te dizer um, bem recheado, muito obrigado por eu ter te conhecido.
"Eu sempre me lembrarei de você."