quarta-feira, 23 de outubro de 2013

- apenas um sopro.

Estava tudo sob controle... tudo calculado: um papel amassado e manchado, anotado com tinta nanquim, embaixo de um pedaço tecido semelhantemente a cor do céu acordando, com um laço duplo na ponta, canelado e esquecido, sobreposto em uma velha mesinha de canto que se deteriora a cada dia que passa; cheia de poeira. Tudo estava calmo, até que um vento impiedoso enche o pulmão com todo o ar que conseguiu, inchou a bochecha, fez um bico e soprou o mais forte que pode; tudo saiu do lugar: um pedaço de papel canelado que se deteriora a cada dia que passa, cheio de poeira, anotado com tinta semelhantemente a cor do céu acordando, embaixo de um velho tecido de canto amassado e manchado de nanquim, sobreposto a uma mesinha com um laço duplo na ponta.
“Ainda parece organizado, não?! É assim que estou me sentindo”.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

- dez coisas que odeio em você.

Odeio quando tenta imitar o que eu falei usando uma voz insuportável;
Odeio quando não me chama pelo apelido;
Odeio quando está longe de mim;
Odeio quando me chama de bipolar, quando tento melhorar as coisas;
Odeio quando como chocolate sozinho;
Odeio quando não sinto seu cheiro;
Odeio quando me contraria na frente de todos;
Odeio quando diz que faço coisas ridículas
Odeio quando sempre que estamos perto, brigamos.
“Odeio não poder te odiar, nem por um instante.”