quarta-feira, 28 de setembro de 2011

- odeio-te.


Com aquele jeito único de ser, com sorrisos e olhares inquietantes, tratou logo de apegar-se a mim, marcando-me com suas pegadas. Deu-me valor, deu-me felicidade, fez-me sentir novo, deu-me estrelas e não satisfeito tratou de me dar o céu... Tratou de me dar amor. E num sopro de vento feroz de fim de tarde você, inexplicavelmente, desapareceu. Desapareceu deixando em mim profundas feridas, angustia, tristeza, solidão, palavras ditas e pregadas, cravadas no meu coração, deixando apenas o sentimento guardado dentro de mim. Eis que todos esses diferentes sentimentos fizeram-me sentir um diferente. Agora eu te odeio. Odeio-te por tudo que me fez. Odeio-te por ter me amado e me fazer amar-te. Odeio-te por ter me feito sorrir. Odeio-te por ter me feito feliz. Odeio-te por deixar eu de braços abertos esperando seu abraço. Odeio-te por ter preenchido meus dias de tristezas em alegrias pelo simples fato da sua presença. Odeio-te por ter mostrado-me dias cheios de vida e felicidade, agora arrancados e vazios. Odeio-te pela sua existência. Odeio-te por não estar aqui e nem te ver mais.

“Odeio-te porque sinto muito sua falta.”

sábado, 24 de setembro de 2011

- a cada minuto.


A cada instante eu perco o chão do amor que floresce em meu peito... Um amor incontrolável. Minha transparência é tão visível que não há quem não veja. Tenho gestos e olhares; aprenderei a adestrar meus sentimentos rebeldes. Minha vontade é assim; você me fascina e me convém. Quando tu chegar, eu sairei da sala... é este o meu jeito de ser. Sou figura invisível com palavras escritas pelo vento. Cigano insano com loucuras de meus sonhos. Fugirei desta cidade, irei ao campo e rubricarei meu nome junto ao seu no galho mais alto da mais alta árvore; meu amor não tem limite. Eu tento acreditar que este sentimento vai mudar, mas eu amo este palpitar... Enfim, não poderei ter-te sem conter meus desejos por ti... não poderei fazer-te feliz estando tu em outros braços... Nos lábios de outro, não serei teu bem te vi... Apenas abrirei minhas asas e voarei nas entrelinhas escondidas por pseudônimos e nada me deterá.

“Contesto que esta hora não é a hora de me declarar.”

domingo, 18 de setembro de 2011

- cortando o tempo.


Lembrei-me, hoje, de uma coisa. Lembrei-me que o importante é acreditar que Ele dar-te-á vontade de amar, viver e seguir adiante, não importando quem ou o que esteja defronte, pois hoje é dia de renovação onde tudo começa outra vez e transformar a saudade em felicidade, mesmo ainda que as vezes sua alegria seja triste, ela em sua infinita ternura encontra motivos nas pequenas coisas, nos pequenos atos, nos pequenos gestos, para ser feliz. Grande é esta admiração por ti, criatura. Vejo-te envelhecer, mas tu não envelheces.

“Feliz dia de hoje.”

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

- ternura.


Olhei pro céu e percebi que as estrelas não iluminavam mais; alguém havia roubado seu brilho. A Lua escondeu-se atrás das nuvens que, tenebrosas, lançaram gotas afiadas e frias de água, caindo da mais alta altitude e despencando sobre meu rosto. Fecho os olhos e nem sei mais o que é real. Sonhos que criei, mesmo sabendo que não passaram de um terrível pesadelo insistem em parecerem sonhos novamente; um sonho pela metade... esmague-os e jogue-os fora. E restará apenas o incontrolável desejo, o incontrolável amor que me faz suspirar pelos cantos dessa casa tão vazia quando você não está; e ficar sem outro ninguém no quarto é culpa minha. Mas eu sei que posso dar-lhe o que de mais forte existe em mim: esta vontade de ver você feliz e... e não importa o que tenha acontecido, ainda sim, sempre estarei aí contigo até o fim.

“Apenas resumi e concluí que tu és essencial.”

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

- amor sem medida.



O amor é como todo ser vivo deste universo. Ele nasce e morre, mas sempre há outro a renascer. Ele nos faz depender e nos faz sofrer, não nos fazendo voar. Mas é sempre preciso amar, não importa o quanto. Amar é mais que um propósito; amar é invasão dos sonhos e da intimidade. É a queda de um muro, um horizonte sem fim, barreiras rompidas. Mesmo que amar resplandeça sofreguidão, faça do outono de céu cinzento envolvido numa neblina cinzenta com as árvores em coro a chorar, um raio de Sol flamejante a penetrar o seu corpo; transforme-se. Espere no precipício se preferir, entre o ver e sentir com o sonhar, o real com a fantasia, pois sempre há tempo; no segundo, no minuto, nas horas, no dia, no infinito... O tempo é a fração do amor e se existe amor, o tempo permitirá tudo.

“Amar sem sofrer, impossível. Chego para dar o coração por completo... isso é amar. Sou assim e não nasci para outro ser.”

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

- congratulações.


O dia amanheceu e mais uma vela se acendeu.
Fui com força e apaguei as velas e com ela os pesadelos.
Força e paz foram desejadas; amém.
O dia acabou como mais um dia comum, como todos os outros.
Apenas mais velho...

“E o meu pedido é a paz de Deus e o sorriso, que aprendeu a prevalecer acima de qualquer coisa.”