sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

- oito patas.

Hoje não sei como estão, não sei com quem estão, não sei onde estão... Se estão branquinhos, ou sujinhos de terra, se estão magrinhos ou umas pelotinhas, se estão felizes ou nem tanto... Uma coisa eu sei... Estou sentindo saudades! Sentindo a falta de um uivo de "até logo, mas volta logo para mim, por favor", uma balançada de rabo que parece mais uma dança rebolada que mexe o corpo todo, o esconderijo secreto embaixo da pia da cozinha quando aprontaram algo, o desespero pelo passeio seguidos de corridas desesperadas e mordidas de ansiedade na coleira, saltos e empurradas de fucinho, um xixizão para marcar território, vários giros para a hora do cocô, um ossinho para começar o dia e várias lambidas de "eu te amo para sempre". Meu maior sonho hoje seria poder estar com vocês, visitando vocês, abraçar vocês e dar longos beijos de saudades. Mas eu não sou forte o bastante para encarar tudo o que eu bloqueei forçado dentro de mim... eu juro (juro) que se tivesse uma pequena, mínima, forcinha eu faria, mas não tenho nenhuma força para isso... me desculpem, por favor. Eu junto minha mão na outra, aperto bem forte e choro lágrimas de saudades, de olhos fechados. Mas hoje eu resolvi externalizar isso e deixei vocês marcados em mim por toda eternidade e, não importa o tempo que passar, mesmo vocês ou eu sendo apenas estrelinhas...
"Eu sempre levarei vocês comigo, meus amores: "Uéuri e Feta""

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

- amor?

O amor (para mim) não é uma brincadeira. Não é um beijo escondido. Não é uma foto escondida. Não é um pensamento escondido. Não é um sorriso escondido. Não é uma piscada escondida. Não é trocar números escondidos. Não é desejar escondido. Não é se encontrar escondido. Não é apagar conversas escondidas. Não é agir como nada estivesse acontecendo. Não é amenizar a traição. Não é mentir para si mesmo e culpar tudo, todos e sua vida toda, por atitudes impensáveis, mesquinhas, egocêntricas e narcisista. Eu vivia por você. Você era minha intenção, meu despertar, minha felicidade, meu brilho, meu sonho; o grande amor da minha vida. Mas você me destruiu mais uma vez. E como sempre, já saberei o final da história, de quem fica sentado limpando as lágrimas e quem sai feliz como se nada tivesse acontecido. Você me abandonou nos pensamentos, nas atitudes, na integridade, na verdade... Eu queria que tudo fosse diferente. A culpa é toda minha... A culpa é minha por eu me apaixonar por cada parte do seu corpo, por cada palavra que saia da sua boca, por cada música que tocava e eu lembrava em você, por cada abraço escandaloso de boa noite, por cada vez que me protegeu dos trovões, por cada vez que dançávamos no banho, por cada beijo de boa noite; me deixei levar. Estou a todo momento fechando os olhos forçados e abrindo para fazer com que tenha sido apenas um sonho ruim, o que aconteceu, e eu acordar para te contar esse terrível pesadelo, mas não está funcionando; não sei o porquê. Hoje vou carregar mais um trauma, de nunca ser a pessoa de alguém, de nunca ser o amor de alguém e de não acreditar no verdadeiro amor sem traições. Muita coisa foi perdida e eu estou sofrendo amargamente em lágrimas e desespero, mas minha consciência está limpa. Vou fazer como SEMPRE fiz... Sacudir a poeira, secar as lágrimas e seguir meu caminho sozinho; mas até isso acontecer, meu violão, as lembranças e a saudade vão me acompanhar por um bom tempo... Eu não acredito mais no amor.
"O que há de errado comigo?"