segunda-feira, 30 de maio de 2011

- caminhando.


E num piscar de olhos percebi que estava ali... Meio sem jeito e com vergonha. Olhava para um lado e olhava para o outro, mas parecia que nada enxergava a não ser sua timidez. Foi quando eu olhei-te e tu olhaste-me e houve a transição. Eu interessado em ouvir sua voz e você na minha. Tu puxavas a manga da minha blusa quando queria atenção e apenas de eu olhar-te sentia sua satisfação. Em minha cabeça passou milhões de coisas diferentes. Queria teu beijo, mas estamos em mundos diferentes. Queria teu abraço, mas qual seria a desculpa? Foi quando eu percebi que ter-te ali era o que eu queria; comigo. Foi o que eu queria e foi o que eu precisava... Uma pessoa amiga! Não digo que ainda não quero beijar-te, mas digo que não pretendo isso. Eu necessito do seu ar e você necessita do meu também; uma conexão. E não tem nada melhor que o conforto de sua mão...

“E será nos momentos tristes e felizes, pois tu és parte da minha direção.”

sábado, 28 de maio de 2011

- amor sem razão.


Pra que vou negar o que sinto, se quando eu ver-te eu entregarei tudo? Não dá pra esconder. Teu nome e o delírio dos teus lábios não saem de minha mente; sem explicação. Loucuras que eu faria por ti e sente por mim apenas amizade. Tão perto... Tão longe... Mas não dá pra evitar quando deve e tem que acontecer. Para ter a ti, e não perder-te, o amor irei negar; sempre. Tu és um ser humano vestindo uma auréola; tirou minha solidão e paz. Já não penso e nem sei o que mais fazer. Perder-te-ei se eu declarar-me e isso não quero. O amigo ou o amor, a cruz e a espada. Esquecer essa doce e terrível ilusão e a amizade cultivar? O que fazer com esta indecisão? Um menino entregue as vontades; rouba-me, prenda-me, aprisiona-me e liberte-me. O amor irei esquecer e terei um amigo para o todo e sempre. Tu me fazes tão bem; e nem imaginas. Tu és tudo de tão melhor; e nem sabes. Pois agora encontrei alguém que poderá me fazer sentir menos só.

“Mesmo que seja como amigo; Um novo amigo.”

quarta-feira, 25 de maio de 2011

- ridiculamente.


Tipo, nem eu mesmo me entendo, sabe?! Preciso ás vezes parar e pensar qual meu objetivo ou qual minha meta. Acho que me perdi no vago infinito do universo, pois para onde quer que eu olhe nada mais enxergo. O escuro parece acolhedor e quente, e sinto que é a única coisa que eu pretendo ver, mas a luz precisa sempre desaparecer? Não sinto afeto nos abraços, nem sinto o calor das mãos, e nem se quer beijo as pessoas; endureci? Virei pedra? Perdi um coração e ganhei dois cérebros? Não que eu tenha perdido o amor, mas acho que esqueci dele... E quando eu olhei em volta vi várias coisas jogadas e olho para cima e vejo no letreiro: “ACHADOS E PERDIDOS”. Não tenho medo do desconhecido e nem me importo se o vento sopra as brasas quentes, pois o frio, agora, me acalma. Minha vontade era de encontrar algo, do tipo, um milagre com asas; não sei bem. Nem sei se quero que meu milagre me salve. Que confusão, não é?! E pelo que percebi só serei feliz e completo quando eu aprender a amar da maneira que TODOS amam: amor de minuto. Só não quero fechar meus olhos.

“E a vida é feita de escolhas; sempre.”

sexta-feira, 20 de maio de 2011

- libido.


[...] e em um de seus suspiros ofegantes, observei uma gota de suor partindo de seu ombro e escorrendo até suas costas, caminhando sobre seus delirantes contornos, suavemente. De repente se desfez. Grosseiramente fiz um buraco na nesga de sua roupa de baixo e fiz-te sentir uma terrível dor; talvez a pior de todas; sem pena, sem culpa, sem remorso. Gemidos, gritos, arranhões, mordidas, transições. Eu perguntava-te lúcido, mas tu estavas em um frenesi constante; e como gemia... Com a maior estupidez, jogo-te para o lado e prendo suas mãos com minha gravata. Então vou pra cima de ti com socos e tapas e enforco-te; suas lágrimas me excitavam. A luz do candelabro fez-me entontecer por alguns instantes, e eis que peguei a vela e derramei sua cera, terrivelmente quente em sua perna, sem desgrudar se quer um segundo de seu pescoço, e gemeste; ou gritaste! [?] Jogo minha proteção no chão, ao lado do tapete vermelho escuro, e banho-te. Gemeste por mais alguns minutos enquanto eu tomava uma ducha fervendo; meio fraco. Visto-me e vejo-te sem movimento algum na cama; talvez paralisada. Passo por você e almejo-te, mas não demonstro; apenas desdém; e vou rumo à direção da porta. Quando estava quase entrando no carro pensei no quanto hipócrita eu fui. Resolvi voltar e deixar 35 reais na mesa de cabeceira. E fui embora sem rumo... Talvez valeu a pena; talvez satisfiz meus próprios desejos. Só espero ter dado o valor que mereceste.

“E pode ficar com o troco, docinho.”

sexta-feira, 13 de maio de 2011

- total certeza; talvez.


Talvez sim, talvez não; e daí?! Quem se importa? Ordens são dadas e regras são impostas, mas quem disse que temos de segui-las? Talvez eu já esperasse, talvez fiquei um pouco apavorado, mas quem se importa? Acho que foi eu mesmo que procurei isso e não me arrependo. Palavras são ditas, rumos são tomados e decisões a serem feitas. Talvez eu nem precisasse mais de você, talvez eu ainda sonhava contigo. E quem disse que a vida acaba? Ninguém para o universo pra consertar, o que, para mim foi um erro; já foi feito. Talvez, algum dia eu queira ver-te, e apertar sua mão e dizer o quanto foi importante pra mim; talvez eu nunca mais queira ver sua face defronte à minha. Talvez eu apostei toda minha felicidade em uma pessoa que nem se quer conhece a sua própria; talvez eu nem representei felicidade. Talvez eu dei o presente mais puro que o ser humano ainda tem; talvez o presente nunca existiu e não passou de um falso embrulho jogado embaixo da cama. Talvez eu lembre de nós dois caminhando a noite sem rumo, com medo e abraçados. Talvez não passou de uma hipnose; e é nisso que acredito.Talvez eu esteja preso no chão a procura do complicado; talvez eu faça meu caminho de volta pra casa quando eu aprender a voar alto. Talvez eu pensei que nunca poderia te esquecer; talvez foi neste instante que esqueci você. Talvez eu estaria desvalorizando eu mesmo, procurando migalhas dentro de um pote fechado; talvez esse pote nunca foi meu. Talvez eu queira te odiar; talvez meus olhos impeçam que isso aconteça. Talvez suas fotos estejam no chão, jogadas em baixo do tapete, roubando minhas memórias; talvez eu sei o que te fazia sofrer. Talvez eu deseje seu mal e que seja sempre infeliz; talvez não seja isso que meu coração deseja a você. Talvez eu derrame algumas lágrimas por você nesta noite; talvez eu saia na chuva para disfarçar minhas lágrimas. Talvez seu amor era a única coisa que me dava chão; rumo; talvez eu esteja caído. Talvez eu vá lhe dizer que sou louco por você; talvez eu excluirei todos de sua volta da minha vida ; que infelicidade. Talvez eu não faça a mínima diferença na vida de alguns; talvez esse alguns são mais do que simples “velhos passados” na minha vida; é a vida. Talvez tudo o que ficou mexeu com meu interior; talvez a vida interrompeu tudo o que um dia existiu. Talvez eu fique mais de mil primaveras sem ver-te; talvez amanhã encontrar-te-ei, eternamente. Talvez eu escolhi entrar no trem das sete, não acompanhado por mais ninguém, nunca mais; talvez o trem dê ré e, não reviva, mas crie um novo presente e futuro; não que eu queira. Talvez você fica se perguntando por que ainda permaneço aqui, com deboches e tapas na cara; talvez eu não mande no meu coração, nem nos sentimentos; os odeio com toda minha força. Talvez a vida prove que estávamos errados e nos ensinará a amar novamente; talvez eu faça tudo o oposto que ela quer; não quero te sentir. Talvez sua presença permanece aqui, não me deixando em paz; talvez a ferida já esteja cicatrizada e seus olhos abre-as novamente. Talvez você tenha limitado-me pela vida que desperdiçou à atrás; talvez essa vida deixada não valia cinqüenta reais. Talvez tudo foi um erro; talvez foi o melhor erro que cometi.

“Mas, talvez, era esse o rumo que a história teria que tomar.”