quinta-feira, 25 de agosto de 2022

- asas abertas.

Eu chorei, ahhh se eu chorei, mas eu sabia que não ficaria triste pra sempre. E claro que você não entende, não doía em você... Não sangrava em você, não corroia você... E é uma capa que deixei lá atrás e nunca mais a vestirei e que hoje não dói, não alegra, não incomoda, não pensa, não surta, não chora em segredo; apenas indiferente, pois eu nunca serei uma pessoa de "tanto faz". Não tem como voar se tuas asas estiverem fechadas e por isso estou fixado, encaixando as novas verdades que tenho e desfocando as mentiras que vivi.
"Eu nunca mais permitirei que corações pequenos me convençam do que eu não sou."

sábado, 6 de agosto de 2022

- não se iluda!

As pessoas que são desinteressadas tem o poder de desinteressar a gente também. O problema é que estamos tão cegos, tão cegos que demoramos muito para identificar e se desligar das milhares de tentativas de conquistar o interesse delas e isso consome até nossa alma e toda nossa energia. O verdadeiro segredo está em identificar os sinais, de desinteresse, sem se iludir com o que já foi dado e desviar o foco de toda sua energia, amor e atenção para outra direção. Nunca devemos insistir em uma pessoa que não demonstra o mesmo por nós; na verdade já vemos isso com o passar dos dias, mas nos iludimos com uma possível mudança que nunca irá acontecer e isso desgasta todo seu ser. Nós, ao agirmos, economizamos paciência, esforço, tempo e amor próprio.
"E paramos de secar nossas lágrimas escondidas."

terça-feira, 2 de agosto de 2022

- últimas palavras.

É... Chegou, mesmo, minha hora. Passou tudo tão rápido, tão depressa, tão sem pudor e ninguém perguntou se eu estava condizendo com a situação; só aconteceu. Queria poder ter viajado mais, ter conhecido mais pessoas, amado mais. Queria poder ter dito mais "não" para as pessoas e mais "sim" para mim mesmo. Não nadei o suficiente, não escalei nenhuma montanha, não ralei meus joelhos na calçada tocando a campainha de um vizinho desconhecido, não joguei minha moeda na fonte, não conheci um ornitorrinco, não conheci outras terras, não fiz meu pedido cadente, não contei todas as estrelas... Agora estou gelado, inerte, enrijecido, de olhos e mentes fechados; post mortem. Quais seriam minhas famosas últimas palavras?
"Meu eu, eu sinto muito."