Meus olhos seguraram coisas demais e precisei matar um sentimento, o que eu mais alimentava, o que eu mais me dedicava, o que eu mais acreditei, o que eu mais me entreguei, e eu sinto muito por isso, mas era o sentimento ou eu, e eu fiz minha escolha. Eu me senti um idiota no começo, mas entendo que dei meu melhor, meu tudo, meu universo; eu não sei entregar nada pela metade. Eu insisti muito (muito, muito, MUITO), porque eu sabia que quando eu desistisse dificilmente eu tentaria de novo; estava me matando, me consumindo de dentro para fora. Foi então que eu dei o último suspiro e agora o luto está em mim. Uns não ficam de luto, outros superam o luto de formas engraçadas e outros superam o luto dando passo por passo, como um recém nascido que está aprendendo (no caso reaprendendo) a andar respeitando o tempo, o espaço e o vazio que ficou. Entendi também que a verdade sempre esteve dentro de mim, transbordando todo meu ser e eu nunca me arrependi disso; eu me orgulho e não vou ser de outro jeito! Apenas o silêncio entrou no lugar da cobrança e vai permanecer por um bom tempo. Hoje eu sou tudo o que eu tenho, mesmo com lágrimas nos olhos ainda, e estou aprendendo que isso é o suficiente para mim... (ou estou me esforçando para ser...). Eu ainda te amo, mais do que tudo, e todos veem isso, e você certamente imagina isso, mas não posso mais, eu não aguento; estou fraco... E, agora, me calarei por aqui.
"Eu ainda estou com raiva da falta que você me faz..."
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