segunda-feira, 23 de julho de 2018

- não mais.

Procurei algum motivo para procurar o que restou dentro de mim, mas esse algo se recusa a sair; meio que está grudado na parede de alguma fibra. Apenas uma indivídua, não convidada, resolveu tomar conta de tudo... aquela que na teórica é legal, indestrutível e libertadora, mas na prática é bem mais dolorida. Hoje você é a música que não cantarei, a presença que não sentirei, os olhos que não quero mais olhar. Eu me apaixonei pelo que criei de você, mas foi demais para todos. Hoje, me lembro de como era bom ter seu amor incondicional embaixo das estrelas, que mesmo sabendo do perigo que ali estávamos, haviam seus braços para me proteger de todo frio da madrugada, sua total atenção, onde parava seu universo só para entrar no meu, somente para me ouvir; faz bastante tempo que perdi tudo isso e só agora me dei conta do quanto eu fui imbecil ao tentar insistir em você, sabendo que você já não me queria a muitíssimo tempo. Estou apenas sentado em um lugar novo/secreto onde nem imaginava que pudesse escolher, onde passo muitas horas da minha vida sem ninguém saber, apenas contando as horas para o dia passar, sem rumo, sem foco, sem coragem, e mostrando a todos que tudo vai bem, com um sorriso triste de bom dia ou boa noite. Hoje estou selecionando as lembranças e tentando deletar todas elas, para não ter que sofrer mais um dia do lado mais frio da cama.
"Perdi o que sempre foi meu, antes mesmo de ser; novidade."

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