domingo, 23 de dezembro de 2018

- lágrimas no lençol.

A manhã acordou meio nublada e sonolenta, com uma leve e tenra gota descendo do céu de seu rosto. Ao seu lado estava o vazio e os travesseiros brigando para saber quem ocuparia o maior pedaço do seu lado; mandei se calarem e dormirem. O sono resolveu dar um passeio esses dias e até agora não voltou; preocupo-me, mas ele já é bem grandinho. Os sapatos solitários e as roupas também; agora será tudo de um. Como pode ser tão incrível o poder de uma bala doce? Ela pode, mesmo no escuro de uma noite sombria, dentro de um automóvel, bem frio, juntar dois corpos, duas almas, dois pensamentos, dois objetivos, dois futuros, duas eternidades e quatro lábios; ou pelo menos tentar, matemática estranha. Maldita bala. Hoje que o papel está perdido, ela não vem se justificar e nem pedir desculpas pelo seu erro; não sei de nada, ela diria. Hoje vejo que sempre me traia em pensamento e só esperava a oportunidade para preencher meu lugar, com qualquer coisa mesmo; e eu te amei mesmo assim. Ao além reparei algumas luzes que seus olhos não me deixavam ver; mesmo estando sozinho e continuarei... continuarei te esperando com aquelas promessas falsas que será “o” melhor para mim. E aquele seu maldito cheiro insiste em aparecer constantemente para me atrapalhar e me lembrar que ainda está aqui.
“Mesmo com rosas, bombom, aliança, chuva e lágrimas espalhadas pelo lençol.”

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