sexta-feira, 29 de outubro de 2010

- ninguém me disse como fazer.


Depois que eu cheguei do serviço, ao tomar um banho eu vi meu rosto sobre o vapor embaçado do vidro e não me reconheci. Fiquei olhando por alguns minutos alguns traços novos que antes não estavam ali. Fechei os olhos e de repente estava sentado na frente do computador olhando pra sua foto. Senti-me estranho, como se a Terra estivesse virando, arrastando-me pra dentro da tela, pois senti que estava escorregando. Segurei na cadeira e nada aconteceu. Fechei os olhos novamente e quando abri estava abraçado a você. Você dormindo e eu falando contigo, como sempre fiz. Comecei a falar tanto que você despertou e bateu sua mão em meus olhos e quando abri estava em um avião. Não lembro bem o rumo que estava pegando, mas sabia que você estava ali. Segurei minhas mãos, abaixei a cabeça e fechei os olhos. E quando abri, encontrei-me sentado sobre algo macio, sentindo um vento gélido... Olhei para o céu e as estrelas parecia estarem perto; estava sobre uma nuvem. Aquele momento era o em que mais preferi estar e entrei em êxtase. Mas um vento forte soprou meus olhos e quando os abri estava no chão; contando as horas passarem, contando dias de felicidade e contando meus medos pro meu consciente. Estava tão entediado que quando acordei estava na frente do espelho me observando. Mas estava doendo algo do meu lado direito e pus a mão e senti que era sua falta. Estava tudo bagunçado e tudo vazio. Existem oceanos entre a gente e todos te mostraram pra onde fugir e você foi. Alguém pode levar toda essa dor embora?

“Eu posso viver feliz sem você, mas não por completo.”

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