domingo, 28 de outubro de 2012

- segurou até onde pode.

A cabeça parece que vai explodir e sei que vai espirrar sentimentos pingando sangue pra todo lado. A garganta parece que está bem cheia; há espinhos presos nela, cortando cada músculo com precisão, principalmente quando tenta engoli-lo ou cuspi-lo para sair; um zigue-zague. Os olhos estão inchando e se espetar com uma agulha sairá litros de águas que segurou para se mostrar forte. Os ouvidos não ouvem mais, porque os tapou por tanto tempo que perdeu a percepção do som; nem ruídos. Quando estava no leito, nem conseguiu dar o último suspiro.
“E alguém pergunta...”

Nenhum comentário:

Postar um comentário