quarta-feira, 24 de julho de 2013

- um velho em sua visão.

[...] a preguiça era tanta que nem vestiu-se adequadamente para dormir. Deitou-se com sapato, relógio, terno e gel no cabelo; acompanhado de um suspiro. Mas ao se dar conta de que olharia para o lado e não acharia ninguém, deu um gemido agonizante de desespero, pois não saberia como dormir naquela noite; mas seus olhos estavam fechando. De repente vira-se na cama, já com a samba-canção e sem os acessórios, e vê alguém de costas: o cheiro era bom, os cabelos cumpridos, sua temperatura era quente, mesmo no frio; o encaixe perfeito. Sua vontade era de gritar bem alto e colocar fogo naquele lugar, mas o rosto de sua amada era tão angelical que ele apenas pode abraçá-la e perguntou em pensamento se ela gostava daquilo, e ela disse sim; estranhamente. Agora tudo estava no lugar certo, onde achara a peça que estava faltando nele; estando, agora, completo e ali queria ficar. Seu celular apitou mostrando que já eram três horas da manhã e ao lembrar-se de sua amada, começa a lembrar-se também dos seus sentidos e, no escuro de seu quarto, encontrou-se abraçando um travesseiro frio, com um cheiro de sua amada, e agora banhado de lágrimas de saudades e vazio, estando ainda com o sapato, relógio, terno e o gel; um doce delírio.
“Eu queria que ela estivesse aqui.”

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