terça-feira, 27 de outubro de 2015

- sem mais chances.

Eu estava com medo. Meu coração pulsava, meu suor caia, minhas mãos tremiam... como vim parar aqui? Até onde cheguei? Será que era pra tanto? Sim, era! Respiro fundo, fecho os olhos e revejo varias vezes a mesma cena em minha mente acordada; não pode ser real, não pode ser real... Mas era. Como pôde fazer isso comigo? Entreguei para você tudo o que eu tinha de melhor em mim, briguei, venci medos e limites e parece que mesmo assim não fui bom o suficiente. Por que não me disse antes? Seria tão mais compreensível... Mas você preferiu o caminho mais doloroso; a mentira, o engano. Você nem pensou em mim, como eu me sentiria, como seria depois disso; apenas fez. Agora em minha frente está um cubo de gelo pendurado pelos pés com uma corda, sangrando aos poucos pedindo perdão por várias vezes, que ficou até automático e cansativo. Apenas apontei o indicador na minha boca, com a mão ensanguentada, e dois sons estavam naquele lugar: "Shhhhhh" e uma canção de ninar. Agora é tarde demais, já está feito e não pode ser apagado. Só espero que tenha aprendido a lição e mesmo não havendo outra e qualquer chance, direi apenas para não perder o costume:
"Nunca mais faça isso!"

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