sexta-feira, 9 de novembro de 2012

- sociopata.

Eu não poderia sentir esta necessidade. É como se mil vozes, lá no fundo, ecoassem, sussurrando: “Isso é quem você é”. E você, confuso, luta contra a pressão, mas a necessidade vem crescendo como uma onda, agora barulhenta, perfurando e insistindo, cutucando para ser alimentada. Mas o sussurro fica cada vez mais alto até gritar: “AGORA!” e é a única voz que você ouve; a única voz que quer ouvir. Você pertence a isso... a essa sombra própria; a este passageiro escondido. Eu sei de sua existência em mim e deixo se esconder, e certamente não falo sobre ele. Mas está lá; sempre. Quando ele está dirigindo eu me sinto vivo e estranhamente mal de ter essa sensação de saber que está errado, ele, em estar no comando. Não luto contra ele e nem quero. Ele é tudo o que eu tenho e nada mais poderia me amar... nem eu mesmo... ou é só uma mentira que esse passageiro me conta? Porque existem momentos em que me sinto conectado a algo mais; a alguém. É como se ele se escondesse e coisas, pessoas que nunca tiveram importância passam a ter... Isso me assusta muito...
“Às vezes você só deixa ele no controle para saber quem você realmente é.”

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