sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

- boa noite.

É quase duas da manhã. O telefone toca, porque você sabia que eu estaria acordado, e então pergunta: “Poderia me ajudar a concertar o último erro?” Eu desliguei sem saber o que fazer. O inverno foi a pior estação que passei longe de ti e quando eles estavam nos acusando com os olhos eu passei pela porta, mas você ficou; em pânico. Eles estão, pela mesma razão, aqui, esperando mais um para apontar; mesmo sem o direito, e você ainda não aprendeu isso. Tempos passaram e eu abri aquela porta e te vi (como uma luz no fim do túnel), com uma garrafa na mão, e me disseram que desde aquele dia você não tem estado mais na sobriedade; apenas sentou e bebeu tudo o que pode. Teu sorriso é tão lindo... quero te abraçar, mas talvez eu somente cante isso. Você olha na minha direção, gritando, porque está frio e solitário aí dentro. Mas se eu tirar-te cometerá os mesmos erros de novo e de novo. Apenas fique aí que eu estou saindo. É quase duas e quinze da manhã do outro dia e eu ainda não consegui dormir, acordado, olhando para o telefone e escrevendo aquela canção, colocando tudo no papel, tirando de dentro de mim, ameaçando aquela vida a quem pertence. Sinto-me nu expondo isso, porque é como um diário no meio da multidão e eles vão entender isso como quiserem, pois a vida é como uma ampulheta colada à mesa, responde até aquilo que nem foi perguntado.
“Eu não queria querer, mas sem querer eu quero e ainda vou deixar de querer.”

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