quarta-feira, 3 de julho de 2013

- luz, câmera, ação.

O rádio ligou, a música tocou. A fumaça soprou, tudo parou.
Era uma canção, que tocou o coração. E até a emoção ficou sem direção.
O vento ainda soprava e o holofote brilhava. A cortina balançava e uma melodia formava.
Tudo misturou e ali marcou. Um grito forçou, mas não desafinou.
Ferida, voando, e ela retornando. A mente ensinando, sozinha cantando.
Então a mudança pagou a fiança. Voltei a ser criança e resgatei a esperança.
Da estrada o seguimento, guiado pelo vento. Um novo surgimento... um nascimento.
Acessas as luzes no auditório, com um novo repertório. Posto o último acessório, as palmas chamam, não ilusório.
“Os dias são como num palco, onde, mesmo ensaiando a peça, há algo inesperado; basta não temer.”

2 comentários:

  1. Ausência

    Por muito tempo achei que a ausência é falta.
    E lastimava, ignorante, a falta.
    Hoje não a lastimo.
    Não há falta na ausência.
    A ausência é um estar em mim.
    E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
    que rio e danço e invento exclamações alegres,
    porque a ausência, essa ausência assimilada,
    ninguém a rouba mais de mim.
    ( Carlos Drummond de Andrade)

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  2. gostei da nova trilha sonora qualquer dia deixo aqui outra sugestão....
    nunca deixe a cortina fecha sem antes te feito tudo possível e ter dado tudo de vc, percebo mudanças e acho que para melhor! :)

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