segunda-feira, 19 de abril de 2010

- além da razão.


Por um segundo o ar transformou-se em poeira, então eu o perdi. O mundo transtornado de sentimentos inválidos nunca mais serão os mesmos. Palavras me fogem da memória, saem pelos meus lábios em um tom emudecido e se transformam em silêncio projetado. Coração em carne viva envolto de sentimentos prévios, muitas das vezes sem saber ao certo. Minha mente tritura capacidades inóquoas, antes tentadas, mas sem êxito. Momentos em que o segundo soa incapacitado de demonstrar seu encanto. Experiências minuciosas a formarem-se elegantemente sopros em uma vela. Antes sim... deveras o tempo cogitar; Oh dono das coisas. O Sol empalideceu-se pela sutileza da Lua vindo em sua direção; e eles nunca se encontrarão. Pensamentos fluem para que os dedos e os demais possam agir sem permissão, na inutilidade insana de descobertas oferecidas. Enviar-lhe razões para que seus sentimentos afluam no obscuro “talvez”, não seria o mesmo que menosprezar o tempo para que em menos de três minutos se sentisse dono de uma estrela cadente, que por onde passa deixa seu brilho insensato, que vai se apagando no cair da noite... mas que, em suma, esteve ali. O penhasco é irracionalmente uma escolha, que decidirá se atirar, se afundar, se aprofundar, se deixar levar ou somente pular ou construir seu destino. Tudo muda... a sutileza das estrelas mudam, o calor do Sol muda, o frio da noite muda, o amanhã muda, as palavras mudam, os sentimentos talvez e suas escolhas, mas não os sonhos, vontades e esperanças, pois se mudassem os sonhos não eram intensos, as vontades incertas e a esperança não seria esperança. Nada como o nada e nada mais. E se de tudo o que eu escrevi até aqui não fez sentido algum... é porque meus pensamentos estão perambulando ao redor de alguma pessoa e não a culpo, e nem me culpo, nem meus pensamentos, nem meus dedos...

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