terça-feira, 7 de novembro de 2017

- des/harmonia

Nada adiantou. Tudo continua a mesma coisa. O mesmo silêncio, o mesmo buraco, o mesmo vazio. Nada preenche, nada substitui, nada encaixa. Maldito, maldito! Fecho os olhos só para não olhar para o relógio, mas os segundos estão passando lentamente; mais do que o costume. Até o sono está desamparado e fraco de fome. O rosto está cabisbaixo, os olhos caídos, os pés arrastando e o sorriso enganoso está mostrando seu lugar de onde pertence. Algo está gelado e corroendo por dentro, e não parece certo, mas está. Apenas saia daqui, pois meus pensamentos e dentro dos meus olhos não é mais seu lugar.
"Maldito, dissimulado."

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