sábado, 28 de agosto de 2010

- tente se for capaz.


E em sua casa, segurando minhas mãos, sinto sua respiração aquecendo minha boca, suspirando de desejo, de olhos fechados, encostando, agora, seu nariz no meu nariz e o mundo para. Os lábios se abrem, com a boca transparente de qualquer santidade, gritando meu corpo, minha alma. Sem ambos nos moverem, sinto sua mão envolto de meu pescoço e a outra deslizando adentro de minhas calças, parecendo que aquela não fosse à primeira noite. Pouco tenso, mexo-me para os lados, sem sossego, para convencê-la a tirar suas mãos que ia em um rumo fixo, vagarosamente, pensando eu não perceber. Ao perceber meu desconforto lambe seus lábios e sopra-me um beijo. Meu corpo diz sim, meu coração diz não. Pedi para parar e ela continuou, sem ouvir de propósito. Desconfortado deixo-a sentada, esperando por um próximo corpo ideal aos seus ideais, murmurando rumo à porta “eu não te disse que eu não sou aqueles que se entrega por completo?”, batendo a porta; solitária.


“Não pense que o seu charme e o fato de seus braços estarem em volta do meu pescoço vai te trazer pra dentro de minhas calças.”

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