terça-feira, 14 de setembro de 2010

- lágrimas do céu.


Doce como um veneno você rasteja em minhas veias. Amargo como poesia, triste como carnaval. Verdadeiro como a infância, doloroso como um estupro. Linda como eu sempre desejei... Ao menos uma vez eu me sinto vivo. Sei que perfeito eu nunca fui e por você eu até tentei, mas você me deixou sozinho e isso foi como abraçar a loucura. Você escuta minha voz. Como um espírito te observo, como um demônio eu te devoro e como um Deus eu te absolvo e te mantenho viva em meus pensamentos. Como um pagão eu atravesso o vale da sombra da morte e para sempre tento te esquecer, mas é inútil. Você não pode me ouvir, mas eu estou em seus sonhos; nos teus sonhos mais secretos. Sou eu quem te consome enquanto você dorme. Enterre-me no vazio da sua alma, enquanto eu caminho pelo vão estreito. Toque-me sem melodia nem acorde, sem poesia nem harmonia; simplesmente me faça sentir, me faça voltar, me faça parar e recomeçar e me faça entender quem realmente eu sou. Esqueça-me e me guarde... Encontre-me e me use dentro de ti. Quero ser a letra e o poeta. Quero ser a lua alheia e o mar. Quero ser a tristeza e a dor. Quero ser o desejo e o amor para onde quer que caminharmos.


“Como uma maçã pendurada em uma árvore, eu provei a mais madura e ainda tenho a semente.”

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