sábado, 4 de setembro de 2010

- repouso da alma.


Sentado sobre um pouco de grama, com as pernas dobradas, de pés nus dentro dum rio gélido, ora sentindo uma leve correnteza, ora de águas tranquilas; apoiando minhas mãos no chão, atrás, para eu poder ficar a vontade, sentindo a terra aquecida e pequenas plantas que ali resolveram morar. O som da cachoeira me faz sentir criança, com asas também, como se não estivesse realmente ali, mas lá, muito além; sentindo gotículas de água que batiam nas pedras e refletiam em meu rosto; maresia adocicada tocando meus lábios e unindo-se com o perfume das flores formando um único sentimento de paz. Pássaros brincando de voar, borboletas alimentando-se de pólen farto, sapos croachando em uma sintonia viril e peixes desafiando uns aos outros com o pulo mais alto. Eis é que temos tudo em nossa volta, coisas simples, intocáveis e esquecidas, coisas preciosas e às vezes nem percebemos seu verdadeiro valor, nem notamos...

“Quem pode dizer para onde vai à estrada, para onde o dia flui? Só o tempo...”

Um comentário:

  1. Nossa que lindo e mágico!
    Gostei bastante e com todos esses detalhes pude até imaginar cada sensação.
    Parabéns pela postagem!

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